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12 de jan. de 2012

Quanto vale a sua vida?


Qual valor de sua vida? E dos outros? Apesar de não estipularmos valores monetários para as pessoas, frequentemente estamos julgando as pessoas e atribuindo valores a ela, por questão de prioridade. Mas você já pensou que valor os outros estipulam para você?



Já falei sobre isso aqui, quanto publiquei uma postagem sobre julgamento:
É correto julgar aos outros?
A questão é: quanto vale a vida? Acredito que a maioria das pessoas brasileiras conheçam aquela famosa e clássica música do Engenheiros do Hawaii: Quanto vale a vida. Acho simplesmente espetacular aquela música. Quem quiser ver a letra completa e escutá-la, basta clica aqui. Lá ele aborda essa questão de maneira muito direta, em diversas situações.

A abordagem...
ocorre de duas formas. Quanto vale determinada vida em determinada situação, e quantas vidas valem certos materiais. Nós mesmos não damos valor a nossa própria vida, não cuidamos de nós mesmos, seja emocionalmente, espiritualmente, fisicamente. Mas quando estamos encurralados, quando nos sentindo ameaçados, enxergamos valor na vida. Quando estamos perto de perder algo, reconhecemos o valor.

Quanto você pagaria pela vida de um irmão?
Se seu irmão, ou seu pai está morrendo de fome, ou você mesmo, há desespero. Você dá a sua vida para alimentar aquela pessoa. Se ela está insegura, abandonada, doente, você morre para dar a vida a ela. Se ela morre, geralmente temos o desejo de vingança, o sofrimento invade nosso ser. Se ela é estuprada, acredito que só de imaginar já te dá arrepios, concorda? Isso sem falar de torturas, violências, roubos, etc.

E pela dos outros?
Então porque não acontece isso conosco quando um mendigo sofre isso? Quando vemos naqueles canais que só passam noticias policiais, de gente sofrendo todo tipo de atrocidade? Um mendigo sendo queimado vivo por ser mendigo? Uma prostituta o um homossexual sendo espancados por serem o que são? Alguém que diariamente morre de fome, de frio, doente, vemos e nem olhamos para essas pessoas?

Essas questões se tornaram banais...
Essas questões se tornaram banais, porque diariamente vemos sobre isso, e nos mostramos impotentes diante dessas situações. Impotentes? Não só, mas desinteressados também. E o que isso tem haver com julgamento? Tudo. Julgamos os outros menos importantes do que nós mesmos. Temos uma natureza egocêntrica.

E quando vemos alguém fazendo algo, julgamos se aqueles atos são certos ou não. Alguém lembra da minha postagem sobre o anonymous?

Anonymous, os cangaceiros de hoje? 
Será que o radicalismo deles não é uma forma de fazer alto, de agir? Pensamos, pensamos e pensamos. Chegou a hora de agir.

Há um blog que eu admiro muito, chamado Observatório da Experiência, pois ele digita crônicas super interessantes, e em uma delas, chamada Considerações de Última hora, ele fez uma abordagem que compartilho aqui vocês. Sempre pensamos no valor que os outros tem quando os perdemos. Mas e o valor que nós temos aos outros, quando morremos?  Pensamos na pessoa que perdemos quando ela morre. E todas que perdemos quando morremos?

É preciso lapidar a vida com cuidado, para deixá-la uma obra de arte ao partir, em vez de um pesadelo.

6 comentários:

  1. Ótimo texto.Infelizmente existem muitas pessoas vulneráveis a violência e ao descaso que não encontram apoio da sociedade e as vezes da família.Claro que não é correto julgar as pessoas só Deus tem esse poder porque só ele sabe o que se passa no coração de cada um de nós.Eu já perdi irmãos, pai e parentes e é muito triste quando perdemos nossos entes queridos mesmo com o passar dos anos fica um vazio na nossa vida.

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  2. Ai! amei seu comentário em meu blog,oh coisa linda, viu?! E estamos aí continuando o ciclo.

    "...quem lê comenta, quem comenta, vota, quem vota, segue, e quem segue, volta.."

    Perfeitas as suas reflexões. O homem deriva da sua natureza primitiva que era de sobrevivência básica imposta à base do devorar e destruir o que impedisse ou ameaçasse tal sobrevivência, sua natureza primitiva era optar entre "o egocentrismo' ou a morte. Desenvolvemos, adquirimos facilidades, confortos e proteções que nos livram imensamente de ameaças, mas não nos livram da morte. Evoluímos, mas e o cerne da natureza? Lá está ainda, para ser domado diariamente: A natureza humana intrinsecamente egoísta.

    Beijos gostei muito do que li aqui.

    Beijos

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  3. Daria sim minha vida pelas pessoas que amo !
    Ultimamente não estou usando a vida de forma adequada ,sábia !
    grande abraço !

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  4. Djoni, acredito que podemos tratar muitas pessoas com a mesma prioridade, acho que nosso coração pode ser grande o suficiente para tornar mais justa a convivência entre as pessoas. Mas infelizmente, e sinto isso na pele, tratamento justo, não colocando ninguém acima de ninguém (incluindo a nós mesmos) é valor muito pouco cultivado pelas pessoas à nossa volta. Ótimo texto! Um abraço!

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  5. Pode parecer clichê, mas eu me incomodo muito quando vejo pessoas sofrendo principalmente mendigos e tais. Sempre tive vontade de ajudar os outros e até de uma forma indireta ajudo.
    Existe algumas prioridades como citados no post #é fato. E realmente isso mostra que o ser humano é egocêntrico e muito.
    O valor da vida não passa mais que dois malotes de dinheiro.

    Um Grande Beijo
    http://minhaformadeexpressao.blogspot.com

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  6. Poxa, muito bom o texto e melhor ainda é o que ele nos leva a refletir. Lendo, recordei um livro do Augusto Cury que se chama "O Fututo da Humanidade". Eu recomendo muuuito. É um livro muito bom que nos enche de refelexões, mensagens, lições de vida a cada página virada. E trata dos mais variados assuntos, entre eles o do seu texto. Tem uma parte do livro interessantissima no qual um homem que a muito tempo não tinha contato com a televisão, assite uma noticia em um jornal. E ele chora ao ver que crianças estão morrendo de fome na Africa. E se indigna ao ver o apresentador do jornal mostrando a noticia seguinte que se tratava de uma entrevista com um dono de cavalos. Ele fica perplexo com a frieza do apresentador e com a incoerencia das noticias. E em cima disso ele diz coisas emocionantes e brilhantes que nos leva a fazer uma reflexão profunda sobre esses assuntos que se tornaram comuns e que hoje ficamos completamente alienados a eles. Enfim, ao ler o texto me lembrei principalmente dessa passagem, mas o livro todo é muito perfeito. E parabéns! Mais um texto belissimo!

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