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13 de jan. de 2012

Cracolândia: unir ou expandir?

A cracolândia, no centro de São Paulo, o núcleo do tráfico e consumo de drogas e da prostituição, foi ocupada por policiais. No anseio de fazer o que o Rio de Janeiro anda fazendo (que estava ocupando morros, desarmando o tráfico) os policiais colocaram o núcleo abaixo. Mas não prenderam muita gente. Expandiram, espalharam. E agora os arredores do centro estão rodeados por essas pessoas. Os moradores estão em pânico. O que fazer? Unir, ou expandir?


Aviso importante aos leitores de nossos feeds e atualizações por e-mail: observei que o resumo da postagem ficou meio confuso pelo tamanho da letra. A partir de hoje, ficarei com o tamanho de letra padrão, para melhor visualizações de vocês.

Afinal, qual o objetivo? Acabar com o tráfico de drogas ou com a união? Deveria ser os dois. Mas não é o que ocorre. Dizem que espalhando, eles terão menos união, e os traficantes terão mais dificuldades. É verdade, mas o desejo do consumo não vai diminuir, o vicio. E o desespero pela facilidade poderá ocasionar maiores níveis de violência, já que um viciado é capaz de roubar, matar e fazer qualquer coisa para conseguir dinheiro e drogas. E onde eles vão fazer isso? Na cidade toda, pois estão espalhados. 


Deixar a cracolândia unida também não é a solução, já que os traficantes terão acesso fácil, e não mudará o quadro. O que fazer então? Uma solução que vejo é deixar a cracolândia, e ir "caçando" os principais traficantes, levando para a cadeia, e junto com eles os viciados que puder, para fazer um tratamento, e aos poucos ir diminuindo. 

É a melhor solução? Não sei, mas o governo tem condição de saber, pois tem mais tempo, dinheiro e pessoas para pensar nisso. O que não pode deixar é que fique como está. Moradores assustados, ambientes se desvalorizando, comércio sendo prejudicado. Entendeu? Puxou o tapete, caem todos que estão nele. 

Onde a polícia ver um grupo de viciados, chega com bala de borracha e violência. Mas não prendem, empurram. Paulo Moreira Leite, e sua coluna Vamos Combinar, da revista eletrônica Época, divulgou uma carta de um vizinho que mora perto da cúpula do tráfico e da prostituição, e mostra o pânico que o vizinho, bem como outros moradores sofrem. Vale apena dar uma olhada. 

Onde vamos parar? Aliás, onde estamos querendo chegar? O que fazer? A população pede socorro. 

16 comentários:

  1. Tem que cortar o fornecimento de droga, como você disse ir atras dos traficantes. A maioria lá, é morador de rua e/ou viciado, a prisão deles não afeta em nada o comercio, só lota a cadeia. Por isso que eles não vão preso. E mesmo se cortarem a droga dali eles vão para outro lugar e vão fazer a mesma coisa.


    Situação difícil

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    1. Dificil mesmo a solução. Tem que primeiro ir na fonte.

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  2. Até que considero a tentativa válida, isso é mais complicado do que parece !
    Acho que não há possibilidades de enquadrar todos , então de qualquer forma o problema continua , não exatamente em foco mas agora em diversas localizações .
    Isso vai dar muito pano pra manga, pois acho seriamente que não tem como acabar tão rápido assim !
    Bjus

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    1. concordo Jobenia. E digo mais: na força bruta, só espalhando e com violência, isso não vai ser resolvido tão cedo. Obrigado por sua visita, querida!

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  3. É difícil uma solução que apenas contemple uma ponta do problema. Há de se envidar esforços multidisciplinares para gerenciar este problema, que antes de ser policial. é de saúde pública.

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    1. Exatamente. E o governo negligencia isso a medida que manda policial afastar e quebrar os viciados.

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  4. Ei Djoni,


    Uma pena que as tentativas de soluções só são buscadas depois do problema estar instalado e expandido, prevenções não existem praticamente. Parece-me ser este um país que dorme alheio aos riscos e acorda dando pauladas.

    Abraços!

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    1. Infelizmente, van, só acordamos quando é tarde demais. Entre prevenir e remediar o governo não conhece o primeiro, e só parte pro segundo. Pena que nem sabem qual é o remédio ainda.

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  5. Olá Djoni
    Não adianta ocupar a cracolândia e não ter uma política de resgate destas pessoas e combate a venda de crack. Por ser uma droga "barata" é mais fácil arrumar crack do que a própria maconha, que nem é tão comentada nos dias de hoje. Aqui no rio a polícia ocupou alguns pontos estratégicos para o tráfico, mas a venda continua, então ocupar, apenas, não adianta sem uma boa política de combate.
    Grande abraço
    Fernando
    Fernu Opina

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  6. Exatamente Fernu. O problema aí não são os viciados, é o vício. Então não se acabando com vicio, acaba-se com viciados, e não o contrário. Abraços

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  7. bom dia gostaria de lhe dizer que é cruel,ver nossos irmãos na mão da aqueles traficantes barato.junto a fraternidade pão e amor.já levei o lanche e o chá para eles.é um trabalho gratificante.muitas vezes para os meninos comer o lanche,eu tinha que segurar a sacolinha de cola,com uma boa conversa ele comia o lanche.porque as outras pessoas que fazia,esta trabalho,tirava das mãos deles e jogava fora.então eles não queriam mais comer.onde eu vi que faltava amor e papo legal.eu fazia curativos neles,onde não tinha machucados eles.falavam es doendo,só para eu pegar neles.meninas de menor,gravidas,e muito mais.tenho saudade desta trabalho.eles precisam de ajuda.

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  8. O problema é o seguinte.
    Em quanto o drogado for tratado como doente e não como um criminoso a coisa só tem um caminho.
    Aumentar. aumentar e aumentar.
    O traficante é a loja ele vende um produto, mas sem consumidor esta loja fecha, agora se tu fecha a loja e não ataca o que mantem a loja aberta, outras lojas vão aparecer.
    Portanto borracha e cadeia neles.
    Querem se drogar, que se droguem a vida e deles, mas eu não quero pagar, pela estupidez dos outros.
    O resto é papo furado basta ver as noticias.

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    1. Fácil, borracha e cadeia..sempre a mesma solução. "Borracha" porque você nunca teve um filho ou irmão drogado, e tomara que nunca tenha...Claro que o burguesinhos que vendem ali onde eu morava, a mais de 10 anos, não precisam ser presos, afinal não são culpados, só os consumidores. Ah, também não os que compram a droga refinada dos morros, ohh esses são doentes porque podem pagar um clinica. Clinica? Crise Abstinência? Dependência? pra que clinica para pobres? Nem aquela moça de boa família que salvei quando trouxe ela para o hospital, que depois fiquei sabendo que ela estava usando drogas...criminosos são os pobres que não podem pagar um boa clínica...que tal colocar argolas nos bancos para impedir que eles durmam e expulsar as pessoas que dão comida porque atraem "sujeira"?

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    2. Desculpe esqueci de dizer: seu blog está com uma mensagem de malware

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  9. Amigão, morei lá na região a mais de 10 anos e conheço bem aquilo: A única coisa que o Serra fez foi tentar valorizar a região comprando os imoveis ( um deles eu morava com meu pai ) e tentando revitalizar para aumentar seu potencial comercial, sem ter a mínima intenção de resolver o problema do tráfico e das vidas destruídas ali. Estão todos subindo a rua Vitória fugindo da polícia ( alias, ali tem um central da polícia civil que ocupou o prédio onde eu morava o Deic, e mais uma 2 delegacias regionais, além do corpo de bombeiros ) e eles não dão a mínima porque o que não sabem é que eles não podem prender e nem querem, porque as prisões estão superlotadas. Assim que a construção de centros de recuperação de drogados seria a solução, já que muitos ali tem família fora das ruas. Com o tratamento, poderiam voltar pra casa. Mas o governo não quer gastar com esses centros, evidente, preferem passar a bola para as igrejas, que possuem ai um bom material de conversão. As igrejas recebem um dinheiro do governo pra isso. Uma mão lava a outra..
    abraços

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    1. Concordo Marcos. Aliás, hoje eu tenho uma opinião um pouco diferente do que essa quando eu fiz essa postagem. Fui muito capitalista, pensando na desvalorização do ambiente. E a valorização do dependente? O que o tornou dependente? A culpa é de quem? Eu sei que a responsabilidade é de todos. Abraços

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