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25 de jan. de 2012

Sem fins lucrativos? Será?

Você já ouviu falar em teologia da prosperidade? De acordo com a Wikipedia, é um movimento religioso que se baseia em algumas passagens bíblicas, como Gn 17:7, Mc 11:23,24 e Lc  11:9,10 para afirmar que os verdadeiros fiéis devem desfrutar de excelentes situações, incluindo a financeira. Dentre as Igrejas mais conhecidas que pregam isso, temos a Igreja Mundial, e a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD).


Não venho aqui falar sobre se isso é certo ou não, se essa interpretação bíblica está ou não correta, ou se há exploração e deturpação da fé de quem frequenta essas igrejas. O que venho discutir é aquilo que, na minha opinião, trata-se de incoerência, contraditório, em afirmar que tais instituições não tem fins lucrativos, se elas mesmas afirmam isso. Se pregando o evangelho, vão alcançar o fim de prosperidade financeira, então há um fim lucrativo aí, sem dúvidas.

Por não ter fins lucrativos, as Igrejas gozam de imunidade tributária, ou seja, no que se referir a patrimônio, renda e serviços, é vedado cobrar impostos das mesmas. (Art. 50, VI, b e § 4º da Constituição Federal). Sabe-se, e isso não é ocultado, que essas Igrejam faturam uma nota, com o dízimo da própria Igreja. Não é a toa que templos cada vez maiores e luxuosos estão sendo construídos a cada dia, com o Templo de Salomão, da IURD. 

Com isso não quero tomar as dores do governo por não receber a carga tributária dessas Igrejas (que diga-se de passagem, é até um tanto farta), mas ter direito igual a todos, claro que mais recursos pro governo, e assim, quem sabe, um maior esforço da Igreja para pressionar os religiosos que estão lá no congresso a fazer algo a mais por nós. 

E você, acha mesmo que essas entidades eram para ser consideradas como de fins lucrativos, e assim continuarem com sua imunidade tributária?

4 comentários:

  1. A imunidade tributária até concordo. Afinal muitas vidas entram nesses templos destruídas e através da fé reconstroem suas vidas. Penso que uma vida salva através da fé não tem preço. Sei que vou tomar muita paulada por isso, mas não poderia omitir minha opinião!

    Abraços

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    1. Não é papel da igreja reconstruir a vida do cidadão, e sim do estado. Se ele é dependente quimico, devem fornecer o tratamento adequado, se ele esta desempregado, o estado deve fornecer. Se formos ver, os padres, pastores de hoje em dia, são muito, muito, bem de vida... Me diga que isso não é um comercio??? A igreja deveria sim paga impostos...

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  2. Sem entrar no mérito religioso, como você também não o fez. Acho, acho muito.

    Um beijo, Djoni

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  3. Achei o tema muito interessante. Mas ao ler me deparei com uma questão. Se houvesse a cobrança de impostos, ela teria que ser generalizada. Todas as igrejas seriam obrigadas a pagar e diga-se de passagem as taxas tribitarias são altissimas. Bom, existem milhares de pequenos núcleos religiosos que mal conseguem se sustentar com o "dizimo". Eles seriam muuuuito prejudicados. Assim, nós cairíamos naquele velho ditado "o justo paga pelo pecador". Igrejas que precisam dessa imunidade tributaria sofreriam por causa de outras que de uma forma ou de outra se beneficiam. Nesse caso, eu concordo com a imunidade tributaria. É uma questão muito ampla e se fossemos debater todos os pontos passariamos horas e horas. Mas ai esta minha opinião.
    Beatriz R.R.

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